A arte não muda o mundo.
Quem muda o mundo são as pessoas.
A arte muda as pessoas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Além da Alegria

Boa tarde pessoal!
Hoje muito me alegra comunicar que é o aniversário de 110 anos do ícone responsável por todos os meus maiores sonhos e por todos meus momentos mais divertidos, Walt Disney, acho crucial falar deste ser excepcional que cativou (e continua cativando) diversas gerações.
O mago das telas nasceu em 5 de dezembro de 1901, em Illinois, Chicago. Durante algum tempo chegoou a morar em uma fazenda, na qual teve contato com animais que mais tarde o inspirariam a criar seus personagens animados, aos 9 anos levantava cedinho para entregar jornaisnas cidades. Depois tentou a carreira de ator e ganhava 2 dólares para imitar Chaplin, nos teatros. Com quase 15 anos, se equilibrava nos vagões sacolejantes dos trens de Kansas a Chicago, vendendo balas, refrigerantes, maçãs, e revistas, gostava de seu trabalho pois significava viajar, encontrar pessoas, felizmente esta profissão também não vingou, já que o comilão comia os doces que deveria vender.
Voltando a Chicago, ele ficou um ano no ginásio, mas não foi um bom aluno, pois passava mais tempo desenhando do que estudando. Enquanto cursava o ginásio fazia um curso de caricaturas à noite. Contudo tanto a vocação de aluno quanto a de artista tiveram um baque, quando ele teve que trabalhar nos correios, com 16 anos tentou se alistar no exército mas foi rejeitado, acabou seguindo para a Europa, como motorista de ambulância da Cruz Vermelha, na 1ª Guerra Mundial, com somente 17 anos, nunca uma ambulância teve tantos desenhos em sua lataria, parecia um veículo camuflado!Nem mesmo uma guerra fizera o jovem Walt deixar a paixão de lado. Depois de suas experiências do outro lado do Atlântico, ele se considerou muito velho para voltar aos estudos. Queria trabalhar e optou pela arte, quando uma firma publicitária de Kansas City, especializada em revistas rurais, empregou-o para desenhar equipamentos, sacos de rações e animais dde fazenda. Na companhia onde continuava trabalhando aos 19 anos, ele só fazia esboços, e outros artistas mais graduados finalizavam, mas pelo menos conseguiu entrar na folha de pagamento da empresa, com 50 dólares mensais. Apesar de estar feliz com o trabalho, 3 meses depois estava desempregado!
Não desitiu, montou seu próprio negócio: em troca de desenhos gratuitos um editor lhe cedeu espaço na sua redação. Ali encontrou outro visionário e se tornaram sócios na produção de anúncios teatrais. Encotraram um anúncio de firma de publicidade em cinemas, e ele se candidatou sendo aceito com um salário de 35 dólares semanais. O sócio logo veio atrás e acabaram fazendo um desenho animado para o empregador. Este, por sua vez, permitiu que Walt levasse uma câmera velha e sem uso, e Walt montou um estúdio na garagem. Ali fez vários pequenos desenhos animados que vendeu a uma cadeia de cinemas locais. O serviço era estafante, ficava noites adentro desenhando. Nas folgas, observava os ratinhos da garagem, em suas idas e vindas, especialmente um que era mais atrevido e chegava até a apanhar restos de sua comida na sua prancheta.
Batizou o amiguinho de Mortimer Mouse, mas achou o nome muito pomposo para o cara e mudou para Mickey Mouse. Vejam só, o rato que se tornaria o mais famoso da história do cinema era o único amigo nas noites longas de desenhista.
Meses depois ele se demitiu novamente, e criou seu próprio negócio. Produziu 7 contos de fadas modernizados, todos vendidos a um distribuidor de Nova York. Todos ficaram radiantes mas, outro baque, o distribuidor quebrou...
Transtornado e afundado em dívidas, ele não sorria nem mais para as trapalhadas de Mickey. O que tinha, era fé nas suas ideiais, sabia que podia desenvolvê-las, mas não em Kansas, precisava ir para Hollywood, mas como se não tinha dinheiro nem para a passagem? Percorrendo as ruas, ele passou a tirar fotos de crianças, que vendia aos pais. Reuniu o valor da passagem e em agosto de 1923, chegou à terra do cinema, com um terno surrado, um blusão de lã, alguns materiais para desenho e 40 dólares. Teria passado fome, não fosse o irmão Roy, que já morava por lá. Os dois viviam num quartinho e comiam dividindo as coisas que conseguiam. Um dia, uma companhia cinematográfica sugeriu a ele, que mandasse  uma cópia do conto de fadas que levava sempre debaixo do braço, para a matriz em Nova Iorque. Surgiu o primeiro desenho de "Alice".  Entretanto ao se lançar em Nova Iorque para mostrar novos desenhos à empresa, aacabou dando com os burros n'água e foi despedido.
Walt se casara com Lillian Bounds uma das moças contratadas para ajudar no primeiro "Alice". Desolados os dois voltaram para a Califórnia sem saber o que fazer, até que em certa altura da viagem ele deu um pulo e gritou: "Achei! Vou criar um personagem! Um rato! Mickey Mouse! Por que não pensei nisso antes?"
Quando chegaram a Hollywood, o primeiro esquema do desenho já estava pronto. Despacharam o produto para o Leste, mas ninguém comprou. Fizeram um segundo Mickey e também não tiveram aceitação, pois acabara de ser lançado o primeiro filme sonoro. Resolveram então, quase falidos, produzir um terceiro, sonorizado, mas depois de pronto ninguém na cidade conseguiu sincronizar o som, e eles tiveram que voltar a Nova Iorque, onde, com sacrifício enorme, finalizaram o projeto, utilizando um método que ele patentearapouco antes e que até os anos 80 foi usado em todas as animações.
"Steamboat Willie", foi o primeiro desenho animado sonoro totalmente sincronizado e quem fez a voz do rato foi o próprio Walt Disney. Vivendo sem luxo, ele reinvestiu tudo que ganhou em novas técnica. Era perfeccionista. Foram surgindo masi personagens como o Pato Donald, Minnie e Pateta, sempre acompanhados por novidades musicais e com a utilização inovadora dos sons. Os curtas de Disney tornaram-se sucesso nos anos 30. Ele imediatamente ampliou seus estúdios, criando uma escola de treinamento de técnicos e desenhistas para lançar no mercado uma safra ímpar de animadores talentosos, o que o levou a criação do primeiro longa-metragem de animação, "Branca de Neve e os Sete Anões".
Em 1954, Disney entrou com sucesso na televisão, ainda incipiente em todo o mundo. Em 18 de julho de 1955, Disney abriu o complexo de entretenimento Disneylândia, perto de Hollywood, projetando ali todas as fantasias próprias, de seus filhos e netos. A ideia foi baseada num parque temático, que pudesse entreter toda a família, não só as crianças menores.
Casado e feliz durante 41 anos, este homem de hábitos simples criou o maior complexo de entretenimento até hoje construído, na Terra. Ele morreu de problemas circulatóriosno dia 15 de dezembro de 1966, admiração desperta até hoje. Na ocasião de sua morte, os estúdios já haviam produzido as excepcionais marcas de 21 longas animados, 493 curtas, 47 filmes de ação, 7 aventuras da vida natural ou selvagem, 330 horas de Mickey Mouse Club para a TV, 78 episódios da série Zorro pra TV, além de mais de 280 outros produtos. Sempre baseados no sonho do velho mestre, os sucessores de Disney abriram em 1971, em Orlando na Flórida um parque imensamente maior, o Disneyworld, que anos depois teve filiais funcionando em Tóquio, e em Paris. Disney tambémm sonhava em projetar a cidade do futuro, concretizada em 1982, em Disneyworld, chama-se Experimental Prototype Community of Tomorrow-EPCOT, com custo estimado em 900 milhões de dólares.
Além dos parques temáticos, a Disney criou e mantém uma universidade que reúne jovens artistas que procuram aprender o tradicional e as novas técnicase suas aplicações.
Aí está um pequeno relato da vida deste grande lutador que não se rendeu as dificuldades por maior que tivessem sido. E que por certo, a paixão a criar mundos encantados, para neles poder deixar vagar a imaginação de todas as crianças, que habitam dentro dos seres humanos, nunca desaparecerá. A humanidade precisa do sonho, como do alimento de seu dia-a-dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário