A arte não muda o mundo.
Quem muda o mundo são as pessoas.
A arte muda as pessoas.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Aprendizados com Baywatch Hawaii

Aloha! 
Se há uma coisa que todo mundo sabe é que não existe
programa mais educativo do que os seriados americanos.
É excepcional o número de informações que você 
consegue extrair deles.
Por esse mesmo motivo compilei uma lista sobre
o que aprendi com um seriado bastante
interessante chamado Baywatch Hawaii,
vejam se tudo que segue não é verdadeiro:
1. Mesmo estando paralisada da cintura para
baixo, ao ver um garoto sendo atacado por
um assassino você será capaz de se levantar e salvá-lo.
2. Se você tem bulimia, é provavelmente
porque dois homens amam você ao mesmo tempo.
Apenas diga aos dois que você só quer ser
amiga deles, e sua bulimia vai embora.
3. É sempre fácil conseguir uma vaga para
estacionar perto da praia.
4. Salva-vidas do sexo masculino sempre
colocam uma camiseta quando saem da praia.
Salva-vidas do sexo feminino não precisam
se preocupar com isso.
5. Se você encontrar uma garota bonita
mas problemática, ela provavelmente é
uma contrabandista de diamantes
ou tem distúrbio de personalidade:
não aceite seu convite para jantar.
6. Dick van Patten, embora seja um
cidadão idoso, pode ser
surpreendentemente difícil de ser
vencido numa luta de boxe.
7. Se as pessoas estão morrendo
misteriosamente na água, é
porque uma gigantesca enguia elétrica
escapou de um aquário nas proximidades.
8. Uma garota que está pensando em
abandonar seu bebê deveria deixá-lo
na praia. São muitas as chances de
que um salva-vidas legal leve o
bebê para casa e resolva criá-lo
como se fosse seu.
9. É muito fácil nadar com um tubarão.
10. Focas selvagens são animais
de estimação adoráveis e facilmente treinadas.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Retratação e reparação

Bom Domingo a todos!
O título desta postagem nos remete à última terça-feira, dia 15 de fevereiro, quando um querido amigo me convidou, juntamente com mas dois queridos amigos, para ver no cinema "Cisne Negro", filme que retrata o cotidiano do mundo do ballet, com Natalie Portman (indicada ao Oscar 2011) no papel principal da bailarina Nina que nos primeiros momentos da trama se mostra frágil e submissa, porém com a pressão e anseio pela perfeição, sofre uma metamorfose despertando um lado sombrio desconhecido inclusive por ela!


Não vou me estender na sinopse do filme, o fato é que ao seu termino eu (completamente confusa e estarrecida)  afirmei ao meu amigo cujo convite nos foi feito, que ODIEI o filme. Mais tarde naquela mesma noite em meu quarto, fiquei remoendo o filme, refletindo ao seu respeito, em especial na parte técnica e artística das coreografias, no vestuário, na trilha sonora genial de Tchaikovsky, no fato de trazerem o "Lago dos Cisnes" sob uma nova perspectiva, nas falas como: "Eu só queria ser perfeita..." e "A única pessoa em seu caminho é você mesma", e no próprio roteiro, que abordou a psicose na busca da perfeição misturada a dança; a partir daí estou me retratando, eu NÃO odiei o filme, o que aconteceu foi que me impressionei com o quão atormentada pode virar uma bailarina na busca pela perfeição (talvez tenha à ver com o fato de eu dançar desde os 8 anos e nunca ter visto as coisas por esse ângulo). Na verdade, agora acho que é um filme realmente feito para ser refletido, repensado e discutido devido a sua densidade de informação.


Ah! Que se registre que não apreciei mesmo, as cenas sangrentas e obscenas, que ocupam uma boa parcela do thriller de suspense, fraqueza minha, não posso evitar isso vem desde a infância e talvez morrerá comigo, rs!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cadê????????????? (Mara Wilson)

Bom dia "people"!
Da série: "Cadê????????????", esta vai para os fãs de Matilda, e de tantos outros filmes como Milagre na rua 34 (que eu chorei), Uma babá quase perfeita, Passe de mágica...


Onde se encontraria aquela que nos encantou com seus olhinhos azuis e dentinhos tortos??? Convenhamos que agora com seus 23 anos ela anda meio sumida. Pois bem é missão deste blog (mais precisamente deste espaço) descobrir.
Vale à pena ressaltar que a prodigiosa Mara iniciou sua carreira com apenas 6 anos inspirada pelo irmão mais velho. E aos 9 interpretou aquele que foi seu maior sucesso: Matilda, o estrelato veio acompanhado com uma tragédia, já que sua mãe morreu de câncer durante as filmagens. Recebeu premiações em quase todos os filmes em que atuou.
Pois agora ela vive com a família numa cidadezinha do subúrbio chamada Pembroke Pines, seu último filme foi: Thomas e a ferrovia mágica, em 2000. Ela ainda se arriscou depois disso no teatro, com a peça Cinderella, da qual foi protagonista, em 2005. Foi seu derradeiro trabalho frente ao público, depois disso ela nunca mais mais foi vista novamente (que horror parece narração de filme dramático)!
Só o que resta é uma foto de 2010, do seu arquivo pessoal:


Espero que esse anonimato seja momentâneo, e que logo voltemos a apreciar os seus criativos trabalhos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Retrospectiva FEMUSC 2011!

Alô amigos!
Assim como salientei a abertura desse maravilhoso festival, achei justo homenagear o encerramento, que aconteceu neste sábado dia 5 de fevereiro contando inclusive com a presença de autoridades políticas, para desse modo fechar com chave de ouro o assunto!
Pois bem gostaria de fazer minha avaliação particular, desde o quesito transporte de todos os dias até o dos grandes concertos. A Laís, o Nuno, e eu enfrentamos alguns obstáculos como ruas esburacadas e interditadas, cuidados veterinários, crises estomacais, chuvas, congestionamentos que pareciam infindáveis... mas ainda assim (mesmo que atrasados) isso não foi suficiente para nos impedir de ir aos ensaios e concertos todos os santos dias, nossas viagens eram regadas a risadas, besteiras e possíveis salgadinhos!
Quando chegávamos nos ensaios falo por mim que me sentia muito bem, aprendi muito, me esforcei muito e conheci melhor pessoas que tem muito a oferecer tanto profissionalmente quanto afetivamente, meus agradecimentos ao maestro Sérgio Figueiredo (que batia tanto na tecla de articulação que me fez melhorar visivelmente), aos estudantes de música da UDESC de Floripa: Vanilda, Igor e  Miguel (que regeram e ajudaram a sanar certas dúvidas individuais), à preparadora vocal Débora e a minha primeira e querida maestrina Liara que sem ela eu jamais conheceria e participaria do evento, na verdade sem ela eu jamais cantaria qualquer coisa!
Os concertos foram bastante impressionantes, está certo de que sou um tanto leiga no assunto, mas os participantes se mostraram bem centrados naquilo que foram fazer. As noites que mais me chamaram a atenção foi a do "Concerto das Nações", com músicas de 8 países representados, já era de se esperar que com 31 países participantes, ouvesse um espetáculo desse caracter, pena que foi mostrado apenas uma pequena parcela diante de tantas tradições contidas ali. Apreciei as 17 harpas que me agraciaram com "Terezinha de Jesus", "Cristo Alegria dos Homens" entre outros. A Banda Sinfônica foi muito divertida e trouxe algo que eu não havia visto até então: um xilofonista como solista. E o que falar de uma chinesinha de apenas 11 anos que com seu sorrisinho meigo e postura confiante fez o teatro lotar, e fez 6 pessoas entrarem pela entrada dos músicos, pois os ingressos estavam esgotados, essa foi Sophia Chan. Mas o que eu mais gostei foi a sensação de cantar em dois concertos diante de tanta gente, não pelo glamour, mas por fazer minha parte e me sentir útil ajudando um grupo que já era bom por sí só.
Preparem-se pois em 2012 lá vamos nós de novo!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

"Cecí" Meirelles

Olá amigos!
Há alguns dias em uma conversa entre eu e dois amigos um deles mencionou uma poesia de Cecília Meireles, aí isso me deu uma nostalgia incomensurável o que me levou a folhear velhas apostilas (não tão velhas assim) de literatura e reviver as aulas da querida professora Lia que nos azucrinava com suas tarefas um tanto "exóticas".
A partir disso encontrei algumas celebres poesias e me recordei de tantas outras desta celebre poetiza que é um exemplo de superação, já que foi a única sobrevivente de quatro irmãos, seu pai faleceu antes de seu nascimento e sua mãe quando a pequena tinha apenas 3 anos. Com 9 anos pôs-se a escrever, e aos 18 publicou a primeira obra: "Espectro" de um total de 50. Diante de tantas perdas não é de se estranhar que suas obras tenham um "q" de nostagia, lamento a perda, e mesmo pessimismo, na minha opinião ela consegue transmitir suas tristezas usando-se de delicadeza e sutileza!


Diante disso quero escrever aqui duas de minhas poesias favoritas:



Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.


Noturno

Quem tem coragem de perguntar, na noite imensa?
E que valem as árvores, as casas, a chuva, o pequeno transeunte?

Que vale o pensamento humano,
esforçado e vencido,
na turbulência das horas?

Que valem a conversa apenas murmurada,
a erma ternura, os delicados adeuses?

Que valem as pálpebras da tímida esperança,
orvalhadas de trêmulo sal?

O sangue e a lágrima são pequenos cristais sutis,
no profundo diagrama.

E o homem tão inutilmente pensante e pensado
só tem a tristeza para distingui-lo.

Porque havia nas úmidas paragens
animais adormecidos, com o mesmo mistério humano:
grandes como pórticos, suaves como veludo,
mas sem lembranças históricas,
sem compromissos de viver.

Grandes animais sem passado, sem antecedentes,
puros e límpidos,
apenas com o peso do trabalho em seus poderosos flancos
e noções de água e de primavera nas tranqüilas narinas
e na seda longa das crinas desfraldadas.

Mas a noite desmanchava-se no oriente,
cheia de flores amarelas e vermelhas.
E os cavalos erguiam, entre mil sonhos vacilantes,
erguiam no ar a vigorosa cabeça,
e começavam a puxar as imensas rodas do dia.

Ah! o despertar dos animais no vasto campo!
Este sair do sono, este continuar da vida!
O caminho que vai das pastagens etéreas da noite
ao claro dia da humana vassalagem!
 






Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira.